Lide a Cavalo

 

Toureio a Cavalo e Rejoneio

 

Portugal e Espanha têm tauromaquias diferentes, não obstante um tronco comum que foi a lide a cavalo.

 

Contudo, em Portugal desenvolveu-se o toureio a cavalo e a pega. Em Espanha o toureio a pé com a morte do toiro, nomeadamente depois do francês Filipe de Anjou se ter feito coroar como rei de Espanha - Filipe V - e ter proíbido os nobres espanhóis de lidarem os toiros a cavalo.

 

Se se considerar que "escola é a imitação sistemática dos processos de um mestre", como escreveu Eça de Queiroz, poderei arriscar dizendo que em Portugal houve três escolas que se destacaram no toureio, não obstante terem existido vários mestres, mas os que marcaram épocas distintas e renovaram o toureio equestre no nosso país foram João Branco Núncio, José Mestre Batista e João Moura. À volta deles desenvolveu-se o toureio moderno com diversos cavaleiros de nomeada que, com características mais ou menos próprias, têm dignificado a Arte de Marialva.

 

         

 

A Arte do Rejoneio, que durante muitos anos apareceu quase envergonhada nas praças de Espanha - o número do cavalito -  teve um incremento importante nas últimas décadas e também nas terras espanholas três rejoneadores se destacaram: Gregorio Moreno Pidal, Ginés Cartagena e Pablo Hermoso de Mendoza. Rejoneadores que fizeram escola e deixaram raízes em muitos outros interpretes do rejoneio.

 

         

 

Hoje em Espanha há um crescente interesse pela lide dos toiros a cavalo e os nossos "marialvas" têm sentido a necessidade de se afirmarem nas praças espanholas, facto que se inverteu porque em anos não muito distantes o grande objectivo de um rejoneador espanhol era triunfar nas praças portuguesas.