Países Taurinos

                                  

 

A tourada é um espectáculo tradicional de Portugal, Espanha e França, bem como de alguns países da América Latina: México, Colômbia, Peru, Venezuela e Equador. O essencial do espectáculo consiste na lide de toiros bravos através de técnicas conhecidas como arte tauromaquica.

 

Na cultura da península ibérica, o Circo de Termes parece ter sido um local sagrado onde os celtiberos praticavam o sacrifício ritual dos toiros. A estela de Clunia é mais antiga representação do confronto de um guerreiro com um toiro.

 

As representações taurinas de variadas fontes arqueológicas encontradas na península Ibérica tais como os vasos de Líria, as esculturas dos Berrões a bicha de Balazote ou o toiro de Mourão estão quase sempre relacionadas com as noções de força, bravura, poder, fecundidade e vida que simbolizam o sentido ritual e sagrado que o toiro ibérico teve na Península.

 

A palavra tauromaquia é oriunda do grego ταυρομαχία - tauromachia (combate com toiros). O registo pictórico mais antigo da realização de espectáculos com toiros remete à ilha de Creta (Knossos). Esta arte está presente em diferentes vestígios desde a antiguidade clássica, sendo conhecido o afresco da tourada no palácio de Cnossos em Creta na Grécia.

 

A maior praça de toiros do mundo é a "Plaza de Toros México" localizada na cidade do México com uma lotação de 48.000 lugares e a maior praça europeia é a "Plaza de Toros de las Ventas" em Madrid com lotação de 23.798 lugares. Em Portugal a maior praça de toiros é a "Monumental Celestino Graça" em Santarém com lotação de 13.500 lugares. Numa tourada, todos os toiros têm pelo menos quatro anos de idade. Quando os toiros lidados ainda não fizeram os 4 anos diz-se que é uma novilhada.

 

         

 

         

 

 

A lide varia de país para país, em Portugal tem duas fases: a chamada lide a cavalo e ou menos corrente a lide a pé e posteriormente a pega. A primeira é levada a cabo por um cavaleiro, lidando o toiro. A lide consiste na colocação de ferros, ditos farpas, de tamanhos variáveis, começando com ferros longos e culminando frequentemente com ferros muito curtos, ditos "de palmo".

 

Em Portugal as touradas foram proibidas no tempo do Marquês de Pombal, após uma em que faleceu uma grande figura nobiliárquica estimada pelo monarca D. José. Voltaram a ser permitidas anos mais tarde mas sendo proibidos os chamados toiros de morte, onde o toiro não pode ser morto em praça pública. Em 2002 a lei foi alterada para permitir os toiros de morte em locais justificados pela tradição, como na vila de Barrancos.

 

Júlio César durante a exibição do venatio introduziu uma espécie de "tourada", onde cavaleiros da Tessália perseguiam diversos toiros dentro de uma arena, até os toiros ficarem cansados o suficiente para serem seguros pelos cornos e depois executados. O uso de uma capa, num confronto de capa e espada com um animal, numa arena, está registado pela primeira vez na época do imperador Cláudio.